Estava a velha no seu lugar, veio a mosca lhe incomodar.
A mosca na velha e a velha a fiar.
Estava a mosca no seu lugar, veio a aranha lhe fazer mal.
A aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava a aranha no seu lugar, veio o rato lhe fazer mal.
O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o rato no seu lugar, veio o gato lhe fazer mal.
O gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o gato no seu lugar, veio o cachorro lhe fazer mal.
O cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o cachorro no seu lugar, veio o pau lhe fazer mal.
O pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o pau no seu lugar, veio o fogo lhe fazer mal.
O fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o fogo no seu lugar, veio a água lhe fazer mal.
A água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava a água no seu lugar, veio o boi lhe fazer mal.
O boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o boi no seu lugar, veio o homem lhe fazer mal.
O homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Estava o homem no seu lugar, veio a mulher lhe incomodar.
A mulher no homem, o homem no boi, o boi na água, a água no fogo, o fogo no pau, o pau no cachorro, o cachorro no gato, o gato no rato, o rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha e a velha a fiar.
Wikipedia
Resultados da pesquisa
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
terça-feira, 25 de junho de 2013
A Morcega - Walcyr Carrasco
Professor:
selecione alguns alunos para realizar a leitura em voz alta da crônica “ A
morcega” de Walcyr Carrasco.
A MORCEGA
Walcyr Carrasco
Quando
era adolescente, eu andava com a franja do cabelo batendo no nariz. Parecia um
cachorro lulu, mas me achava o máximo. Meu pai resistiu a tudo: ao som de
Janis Joplin, à minha mania de desenhar girassóis nos cadernos, e só entregou
os pontos quando me viu desbotando um jeans novinho com cândida. Em nocaute por
pontos, suspirou:
-
Nada mais me espanta.
Reagi
dedicando boa parte da minha vida a defender lances de vanguarda, como o uso de
brinquinhos em orelhas masculinas quando isso era tabu. Sempre achei que nada
me surpreenderia. Pois fui visitar uma amiga cuja filha adolescente, de 14
anos, tem o rosto de um anjo de catedral, mas se veste de preto, como um
morcego. Encontro as duas brigando.
-
Quero fazer uma tatuagem e ela não deixa.
Sorrio,
pacificador. Aconselho:
-
O ruim da tatuagem é que, se você se arrepender mais tarde, não sai.
A
morcega explica: será inscrita em um lugar do corpo só possível de ser visto se
ela mostrar. Tremo. Pergunto onde. A resposta alegre:
-
Dentro da boca.
Repuxa
os lábios como um botocudo e mostra o sítio designado: a parte frontal das
gengivas. A mãe lacrimeja:
-Não,
não. A bandeira do Brasil...
Eu
e a mãe nos olhamos aparvalhados. Descubro que o símbolo pátrio virou moda. A
morcega continua: quer porque quer ir a uma rua que reúne morcegos, mariposas e
outros bichos nos fins de semana. Arbitro:
-
Lá vão punks da pesada!
Ela
zumbe, hostil, porque se considera punk da pesada. Reage:
-
O movimento punk quer liberdade, só isso.
-
Prendi você? - lamenta-se a mãe inutilmente.
Fico
sabendo que os punks de bom-tom até andam, na tal rua, com cartazes dizendo:
"Não quero briga" ou "Sou paz". Também elegeram um templo:
a danceteria Morcegóvia, no bairro Bela Vista. É lá que se encontram vestidos
preferencialmente de escuro, com bijuterias de metal pesado, brinquinhos de
crucifixo e uma enorme alegria de viver - só preenchida pelo som de rock
pauleira. Digo, para me fazer de moderno:
-
Sabe que fui ao show do Michael Jackson?
Ela
torce o nariz. Odeia. Led Zeppelin, Sepultura, isso sim! Arrisco:
-
Quem sabe você fica rica montando um conjunto chamado Crematório.
-
Vocês (nós, adultos) só pensam em coisas materiais. A gente (eles, os punks)
quer é saber do espírito.
Já
ouvi isso em algum lugar. Eu dizia a mesma coisa e ficava furioso quando ouvia
meus pais dizerem que, quando eu fosse mais velho, entenderia tudo que estavam
passando comigo. Explico que concordo com as teses morcegas. Tenho apenas
problemas em relação ao estilo. Olho para ela, de camiseta preta e jeans
rasgado, e penso como ficaria bonitinha num vestido de debutante. Lembro de sua
festa de aniversário: o bolo era em forma de guitarra, cinza. Em certo momento,
a turma se divertiu atirando pedaços de doces uns nos outros, para horror das
mães e avós presentes.
Subitamente
desperto, descubro que a onda punk se espraia muito mais do que eu pensava. Um
dia desses vi um garoto pintado de três cores. O filho de uma vizinha usa dois
brincos dourados, um rubi no nariz e cabelos tão cacheados que noutro dia o
cumprimentei pensando que fosse a mãe dele.
A
morcega me encara, pestanas rebaixadas, farta. Nervoso, reflito que devo estar
ficando velho. Adoraria estar do lado da filha, para me sentir rejuvenescido.
Toca a campainha, ela vai até a porta. Um rapaz alto, de cabeça inteiramente
raspada, sorri, rebelde. Observo um dragão tatuado em seu couro cabeludo. A
mãe range os dentes, enquanto a filha sai nos braços de seu príncipe
motoqueiro. Eu e a mãe nos olhamos, tão nocauteados como foi meu pai. Sei que o
rapaz trabalha, como a maioria dos punks. Mas onde? Não consigo imaginar o
gerente do banco com um alfinete espetado nas bochechas. São rebeldes apenas
nas horas vagas, quando voam em seus trajes escuros pela noite? O careca bota
peruca na hora da labuta?
A
mãe me oferece um café. Exausta com o rodopiar das gerações. Já sabemos: vem
mais por aí. Olho para a noite e penso em todos os morcegos zunindo por São
Paulo. Ser adolescente é difícil, mas ... que saudade!
(Walcyr Carrasco. O golpe do aniversariante e
outras crônicas. São Paulo: Ática, 1996. Para gostar de ler)
Professor:
após a leitura, solucione as dúvidas de vocabulário que possam ser levantadas e
proponha as seguintes questões que devem ser respondidas primeiramente por
escrito.
1. O
narrador do texto deixa transparecer durante a narrativa sua
opinião. Explique com suas palavras, como o narrador era na sua
adolescência?
2. Porque
a adolescente é chamada de morcega?
3. Você
conhece alguém que se vista e aja como a adolescente da história narrada?
Exemplifique.
4. Quais
são as ideias morcegas apresentadas pela adolescente com as quais o narrador
concorda?
5. Quais
as semelhanças entre a adolescência da morcega e do narrador do texto?
6. Você,
de alguma maneira, se identificou com a morcega? Explique.
Avaliação
Professor:
a avaliação deve ser realizada durante as atividades: compreensão e análise dos
textos; reflexão sobre o assunto discutido; elaboração de argumentos
convincentes a cerca das polêmicas levantadas.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
domingo, 16 de junho de 2013
Situação de Aprendizagem
TEXTO: Avestruz ( Mário Prata )
Público Alvo: 8ª Série (9º Ano)
Objetivos: Desenvolver a capacidade de percepção de vários contextos na leitura.
Duração: 4 a 6 aulas.
Finalidade: Levar o aluno a utilizar o código linguístico
como instrumento de comunicação, desenvolvendo a fruição e o gosto pela leitura.
Metodologia: Organizar os alunos em círculo e distribuir
cópias do texto “ Avestruz” .
1-
Fazer o levantamento dos conhecimentos prévios,
repertoriando o aluno:
·
O que é uma avestruz?
·
Onde vive a avestruz?
·
Leitura compartilhada do texto.
·
Esquema da Avestruz elaborado pelos alunos com
base no texto.
·
Comparação dos esquemas elaborado pelos alunos.
2-
Localização de informações:
·
Utilizar a Sala de Infórmatica para realizar
pesquisa na internet sobre o que é uma Avestruz ( classificação biólogica e
habitat ).
·
Comparar o habitat da avestruz com o habitat dos
alunos.
·
Desenvolver a capacidade lógica e análisar a
possibilidade em se ter uma Avestruz
como animal de estimação ( comparação dos habitats )
3-
Produção de inferências locais e globais:
·
Questionar o entendimento do texto Avestruz
pelos alunos.
·
Observar palavras de nomes científico ou siglas
como TPM, signficados das palavras psicólogo e gigolô.
4-
Recuperação do contexto de produção:
·
Qual a finalidade da leitura?
·
Qual o gênero textual trabalhado?
·
O que é uma crônica?
·
Quem é o autor do texto?
·
O aluno irá descrever textualmente o que é e
como é uma Avestruz?
5-
Percepção das relações de intertextualidade:
·
Quem foi Adão?
·
Houve ironia na forma com que o Autor contou a
história da criação da avestruz? (intertextualidade )
·
O que o nome científico da Avestruz significa? (intertextualidade
)
6-
Percepção de outras linguagens:
·
O aluno será questionado se o autor abordou o
assunto de forma prazeirosa.
·
O aluno será questionado sobre a forma irônica
com a qual o autor trata o criacionismo da Avestruz.
·
O aluno será questionado sobre a preferência de
animais de estimação por parte do menino do texto. E porque sua mãe acredita
que o menino precisa de um psicóligo devido a preferência por animal de
estimação diferentes.
Avaliação do processo de aprendizagem:
·
Elaboração de esquema de avestruz por parte dos
alunos.
·
Pesquisa sobre característica biológica do avestruz realizada pelos alunos na sala de
informática.
·
Elaboração textual dos alunos sobre o que é e
como é uma Avestruz.
·
Participação do aluno na resolução das questões
referentes a produção de inferências locais e globais, recuperação do contexto
de produção, percepção das relações intertextualidade e percepção de outras
linguagens.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Experiência de Escrita
Gilmar Chaves
Nunca fui um leitor
durante o ensino regular, sempre considerei as propostas de leitura sem
concepção com a realidade ao qual pertencia. Já na faculdade, percebi que a
leitura é dona de uma capacidade incrível de ofertar informações e, junto dela,
a escrita, necessária à transformação de ideias.
Neste sentido, a
leitura deve ter uma função: o que se lê e para que se lê, e da mesma forma a
escrita. Hoje acredito que tanto as propostas de leitura quanto as de escrita
devem possuir um objetivo bem determinado e ter função social para se tornar
transformadora.
É importante
desenvolver a capacidade de seleção de leitura formadora para que ela impacte
na escrita argumentativa e com propriedade.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
MINHA EXPERIÊNCIA COM LEITURA
Mara de Jesus
Trabalhando na Sala de Leitura com o ensino médio a obra de Gil Vicente: O Auto da Barca do Inferno, foi possível conseguir um grande percentual de aceitação e interesse entre os alunos com a leitura desta obra, que se identificaram através da leitura em sala de aula e posteriormente fizemos a encenação de uma peça teatral com todos os alunos envolvidos. Foi muito importante a vivência dos alunos com a obra que facilitou o trabalho da leitura.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Experiência com a Leitura e Escrita
Vivemos uma época de uma intensa
troca de informações. Uma mistura fantástica de linguagens e tecnologias de
comunicações. As cidades são verdadeiros murais a céu aberto de palavras,
símbolos e sinais. Estamos cercados de escritos por todos os lados.
A escrita está tão presente no
nosso dia-dia que mal conseguimos perceber a grandiosidade dessa invenção
humana. Realmente é difícil imaginar como seria o mundo sem ela. A escrita em
sua função social é capaz de produzir no homem emoções, sensações, percepções e
outros sentidos que podem ser dados a partir da leitura, daí decorre que a
leitura se amplia e se re-significa diante do leitor, redimensionando esse
indivíduo frente ao mundo.
A partir dessa memória
histórica sobre a escrita e suas múltiplas linguagens, o professor deverá tecer
entre os alunos a imaginação frente ao ato da escrita. Nessa concepção, propus
aos alunos identificar os preconceitos linguísticos que são por muitas vezes
interpretados como ignorância e intolerância frente ao ato da comunicação (
confundindo gramática normativa com linguística ). Assim sendo, o texto
utilizado como base foi Aí Galera ( Luís Fernando Veríssimo), que proporcionou
um excelente trabalho de conhecimento da variação linguística.
Todavia, minha maior surpresa
foi que a intolerância e o preconceito com a maneira regional de se comunicar
deu-se muito fortemente entre os professores que corrigiam as atividades de
reescrita, uma vez que os mesmos desconheciam a autoria do texto matriz.
Portanto é evidente que a comunicação oral ou escrita percorre seu objetivo com
um único propósito, o de se fazer entender, processar, ser compreendido por
meio deste ou daquele canal de comunicação.
terça-feira, 4 de junho de 2013
A invenção da escrita - vídeo
Olá caros leitores, uma excelente dica de trabalho com leitura e escrita em sala de aula é a coleção de vídeos EJA- MUNDO DO TRABALHO.O vídeo do sétimo ano de língua portuguesa mostra a invenção da escrita ao longo da História da humanidade, abordando sua evolução até a atualidade.Este vídeo também nos mostra a história da transformação da escrita, dos primeiros alfabetos até a línguagem usada nas conversas via internet.
Acesse o línk abaixo para ter acesso aos vídeos e muito mais.
http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/Conteudo.aspx?MateriaID=14&tipo=Videos
Acesse o línk abaixo para ter acesso aos vídeos e muito mais.
http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/Conteudo.aspx?MateriaID=14&tipo=Videos
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Apresentação do Blog: O Texto na Sala de Aula
Olá caros leitores, estou criando este blog para apresentar algumas ideias sobre textos, interpretações, gêneros textuais, tipos de leitura e atividades de leituras.
Para ilustrar vou pegar um pequeno texto, da qual admiro muito e analisá-lo como trabalharia em sala de aula:
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “...Deixa estar, seu malandro, que já te curo!...” E em voz alta:
-Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desses poleiros e venha receber o meu abraço de paz e amor.
-Muito bem! –exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que eles também tomem parte da confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigos Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E rapou-se.
Com esperteza, - esperteza e meia.
Para ilustrar vou pegar um pequeno texto, da qual admiro muito e analisá-lo como trabalharia em sala de aula:
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “...Deixa estar, seu malandro, que já te curo!...” E em voz alta:
-Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desses poleiros e venha receber o meu abraço de paz e amor.
-Muito bem! –exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que eles também tomem parte da confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigos Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E rapou-se.
Com esperteza, - esperteza e meia.
Como esse texto é uma fábula indicaria para trabalho no 6º ano, iniciaria a aula fazendo o levantamento dos conhecimentos prévios a partir do título, exemplos:
- O que é um galo?
- O que é uma raposa?
- O que significa "logrou"?
Posteriormente questionaria o aluno sobre o entendimento do texto e uma reescrita.
Este é apenas um singelo exemplo do uso do texto em sala de aula, em breve trarei mais texto um pouco mais elaborado para utilização e outras situações de aprendizagem.
Fico por aqui, e até a próxima postagem! =D
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