Vivemos uma época de uma intensa
troca de informações. Uma mistura fantástica de linguagens e tecnologias de
comunicações. As cidades são verdadeiros murais a céu aberto de palavras,
símbolos e sinais. Estamos cercados de escritos por todos os lados.
A escrita está tão presente no
nosso dia-dia que mal conseguimos perceber a grandiosidade dessa invenção
humana. Realmente é difícil imaginar como seria o mundo sem ela. A escrita em
sua função social é capaz de produzir no homem emoções, sensações, percepções e
outros sentidos que podem ser dados a partir da leitura, daí decorre que a
leitura se amplia e se re-significa diante do leitor, redimensionando esse
indivíduo frente ao mundo.
A partir dessa memória
histórica sobre a escrita e suas múltiplas linguagens, o professor deverá tecer
entre os alunos a imaginação frente ao ato da escrita. Nessa concepção, propus
aos alunos identificar os preconceitos linguísticos que são por muitas vezes
interpretados como ignorância e intolerância frente ao ato da comunicação (
confundindo gramática normativa com linguística ). Assim sendo, o texto
utilizado como base foi Aí Galera ( Luís Fernando Veríssimo), que proporcionou
um excelente trabalho de conhecimento da variação linguística.
Todavia, minha maior surpresa
foi que a intolerância e o preconceito com a maneira regional de se comunicar
deu-se muito fortemente entre os professores que corrigiam as atividades de
reescrita, uma vez que os mesmos desconheciam a autoria do texto matriz.
Portanto é evidente que a comunicação oral ou escrita percorre seu objetivo com
um único propósito, o de se fazer entender, processar, ser compreendido por
meio deste ou daquele canal de comunicação.
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