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terça-feira, 31 de agosto de 2021

EJA mundo do trabalho - Vídeos.

A invenção da escrita - vídeo Olá caros leitores, uma excelente dica de trabalho com leitura e escrita em sala de aula é a coleção de vídeos EJA- MUNDO DO TRABALHO.O vídeo do sétimo ano de língua portuguesa mostra a invenção da escrita ao longo da História da humanidade, abordando sua evolução até a atualidade.Este vídeo também nos mostra a história da transformação da escrita, dos primeiros alfabetos até a línguagem usada nas conversas via internet. Acesse o línk abaixo para ter acesso aos vídeos e muito mais. http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/Conteudo.aspx?MateriaID=14&tipo=Videos

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Vídeos

A invenção da escrita - vídeo Olá caros leitores, uma excelente dica de trabalho com leitura e escrita em sala de aula é a coleção de vídeos EJA- MUNDO DO TRABALHO.O vídeo do sétimo ano de língua portuguesa mostra a invenção da escrita ao longo da História da humanidade, abordando sua evolução até a atualidade.Este vídeo também nos mostra a história da transformação da escrita, dos primeiros alfabetos até a línguagem usada nas conversas via internet. Acesse o línk abaixo para ter acesso aos vídeos e muito mais. http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/Conteudo.aspx?MateriaID=14&tipo=Videos http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/Conteudo.aspx?MateriaID=14&tipo=Videos

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA

Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro. Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos queriam: mudar-se para terra melhor. Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca. – Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons – agora só um, e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando… João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível. – É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então eu arrumo a trouxa e boto-me fora daqui. Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada… Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado – e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca! João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalinho magro e partiu. Antes de deixar a cidade, foi visto por um amigo madrugador. – Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens? – Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim. – Mas como? Agora que você está delegado? – Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus. E sumiu. -Monteiro Lobato

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

AQUARELA

Aquarela Toquinho Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu

Vai voando, contornando a imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
E se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
Depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá